terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Perdão incondicional

"O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.

O orgulho é de tal ordem que basta um parente ou mesmo um desconhecido cometer um erro social para ficarmos furiosos. É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente.

Às vezes nem sequer nos atinge diretamente, mas ficamos a julgar e a condenar, instigando o sentimento do orgulho na pessoa que está ferida por ter sido afetada.

Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anticaridosas de tal atitude.

A disposição ao perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente.
Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus:
"Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra."

Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu?

A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho."

(com base na revista Presença Espírita nº 155 pág. 23)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lógica Espírita

"A Lei de Deus permite:
- que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;
- que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;
- que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;
- que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;
- que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;
- que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;
- que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;
- que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apóia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece mas daquilo que é.”

(Mensagem do livro “Caminho Espírita” - Espírito de Albino Teixeira por Chico Xavier)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Compromisso.

Dê sempre o melhor...
E o melhor virá!
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas... Perdoe-as assim mesmo!
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro... Seja gentil assim mesmo!
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros... Vença assim mesmo!
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo... Seja honesto e franco assim mesmo!
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra... Construa assim mesmo!
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja... Tenha paz e seja feliz assim mesmo!
O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã... Faça o bem assim mesmo!
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante... Dê o melhor de você assim mesmo!
E veja você que, no final das contas, é entre você e DEUS... Nunca foi entre você e eles!
(Madre Teresa de Calcutá)

Tenham uma ótima semana! ;)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A certeza, a escolha e a dúvida.

Buda estava reunido com seus discípulos certa manhã, quando um homem se aproximou:
“Existe Deus?”, perguntou.
“Existe”, respondeu Buda.

Depois do almoço aproximou-se outro homem.
“Existe Deus?”, quis saber.
“Não, não existe”, disse Buda.

No final da tarde, um terceiro homem fez a mesma pergunta:
“Existe Deus?”
“Você terá que decidir”, respondeu Buda.

Assim que o homem foi embora, um discípulo comentou, revoltado:
“Mestre, que absurdo! Como o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta?”
“Porque são pessoas diferentes, e cada uma chegará a Deus por seu próprio caminho.
O primeiro acreditará em minha palavra.
segundo fará tudo para provar que eu estou errado.
E o terceiro só acredita naquilo que é capaz de escolher por si mesmo”.

(Fonte: http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/2009/07/01/a-certeza-a-escolha-e-a-duvida/)

domingo, 28 de junho de 2009

Alguns... e Nós.

"Nunca influenciaremos a todos, mas sempre influenciaremos alguns.
Reflitamos no assunto, revendo o que transmitimos:
A descrença suscita a descrença.
A dúvida gera dúvida.
O desânimo gera desânimo.
A tristeza espalha tristeza.
A fé atrai a fé.
A esperança acende a esperança.
A bondade cria bondade.
O amor estende amor..."
(Emmanuel por Chico Xavier)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dica de filme: Garapa


Fome. Drama da vida real. Drama vivido por mais de um milhão de brasileiros. "Garapa" é um filme pesado.
Começa com um alerta de que a fome não se resume exclusivamente a ausência de alimentos, mas sim das consequências de uma dieta deficiente em nutrientes que vão desde à má-formação física à mental. E mostra duas mães em uma caminhada longa e infrutífera, no sol escaldante, em busca de leite para alimentar seus muitos filhos.

Com direção de José Padilha (o mesmo de "Tropa de Elite"), o filme, totalmente em preto e branco, retrata o triste cotidiano de três famílias cearenses (duas no interior e uma na periferia de Fortaleza) que lutam para sobreviver à cada dia, numa briga cansativa e inacabável contra a fome em suas mais variadas facetas.

Câmeras dão ênfase ao que passam as crianças que, numa realidade nua e crua - literalmente falando - ao chorarem por comida, têm que se contentar em tomar água com açúcar (dái o nome "Garapa") e a viver em meio a porcos, cachorros, vermes, areia, dejetos humanos e moscas.

Adultos narram que, não raramente, passam por um dia inteiro sem se alimentar, que nunca comeram sequer três refeições em um mesmo dia... E choram ao revelar que nada podem fazer quando, na escassez até mesmo do açúcar para fazer a garapa, têm que negar a seus filhos uma "merenda".

Sem qualquer "roteiro lógico" na construção dos diálogos, as histórias de vida das famílias são narradas pelos próprios personagens que, por incrível que pareça - ou por falta de opção - ainda mantém a fé em Deus e o sorriso no rosto, sendo capazes de rir até mesmo da própria miséria.
As consequências da desordem social são mostradas através dos problemas que vão desde o alcoolismo à falta de emprego e condições mínimas de habitação e saúde públicas... Enfim, a miséria propriamente dita.

Ao ler algumas críticas, notei que rotulam o filme-documentário de "negativista", "exibicionista", que haveria uma "super exposição do problema sem apresente seu começo ou seu fim, sem que fosse mostrada qualquer solução"...

Na minha humilde opinião isso ocorre porque a fome daqueles personagens nada fictícios tem origem antes mesmo de seus nascimentos e persiste muito além da duração do filme.

Definitivamente, "Garapa" é um filme para "engolir no seco", em meio às lágrimas da plateia.
E mais, deveria ser de um filme de "visão obrigatória" para todos os políticos ladrões que desviam as verbas destinadas a melhorar as condições de vida dessas pessoas, mas que acabam em forma de seus carros novos e/ou viagens internacionais. Deveriam todos assistir... Ainda que servisse apenas para dar-lhes pesadelos.

Quanto a mim, restaram muitas lágrimas e a certeza da necessidade de ajudar ao próximo.

Vale ressaltar: De acordo com José Padilha (diretor do filme), toda a renda arrecadada com a exibição de "Garapa" será destinada às famílias que participaram do filme e aos programas que auxiliam o combate a fome no Nordeste.
Então vale a pena assistir, mesmo que para criticar negativamente depois.
Paz a todos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

"No quintal de casa"


"O medo da origem é o mal. A pista principal estava dada numa das primeiras frases declamadas por Chico Science quinze anos atrás, em Da Lama ao Caos, seu disco de estreia com a banda Nação Zumbi. A década anterior, na música brasileira, havia sido tomada de assalto por um modelo de rock que lutava para furar a casca do ovo, mas continuava essencialmente pautado pelo que acontecia nos EUA e na Inglaterra, ou seja, punk, new wave, gothic, uma série de termos gringos assim.

O pernambucano Chico Science, então com 28 anos, despontou naquele 1994 como um dos nervos expostos do chamado mangue bit. O movimento preservava na sonoridade e no imaginário a atração pelo chamado “Primeiro Mundo”, mas, novidade, começava a trilhar um caminho de volta ao quintal de casa. O mangue era “bit”, transistor, computador, mas Chico e Fred Zero Quatro (o outro cérebro por trás da jogada) haviam sacado que o horror à própria origem era um inimigo a combater. Foram buscar no ecossistema dos manguezais do Recife e nos folguedos de maracatu da zona rural o cimento para as ideias amontoadas de modo ainda confuso em suas cabeças.

Zero Quatro, líder da banda Mundo Livre S/A (ou mundo livre s/a, só em letras minúsculas), escrevera em 1991 um protótipo de manifesto, que foi batizado de “Caranguejos com Cérebro” e viria a constar no encarte de Da Lama ao Caos, o primeiro lançamento mangue bit.

Numa primeira parte, o texto defendia que os aparentemente inóspitos manguezais do Recife constituem viveiro explosivo de plantas, peixes, micro-organismos, matéria orgânica. A seguir, aplicava o conceito à metrópole em si, a “Manguetown”, e inseria um elemento crítico: “O Recife detém hoje o maior índice de desemprego do País. Mais da metade dos seus habitantes mora em favelas e alagados”. Na conclusão, apresentava a “cena” mangue, “um núcleo de pesquisa e produção de ideias pop” interessado em combater a “depressão crônica que paralisa os cidadãos” e resgatar a criatividade nas entranhas da “Manguetown”.

A tecnologia, em tempos pré-Google, blogs, YouTube ou Twitter, surgia como elemento essencial da equação, e daí surgia a imagem-símbolo do movimento que se armava: uma antena parabólica espetada na lama do mangue. Dos subúrbios, favelas, periferias e lavouras de Pernambuco emergiriam nutrientes para alimentar, via internet e afins, o estado, o País, quiçá o planeta. Nessa troca se fortaleceria o metabolismo dos próprios “micro-organismos” do mangue.

Analisado em retrospecto, e sem supor que os meninos recifenses de classe média baixa soubessem disso conscientemente, o levante mangue bit frutificou e está em pleno vigor hoje. Não se pode dizer que tenha influenciado tudo o que veio depois, mas foi manifestação precoce de um ideário que só faria crescer dali em diante. Da periferia paulistana emergiu o hip-hop. Dos morros cariocas, o funk. De subúrbios mornos do Pará, o tecnobrega. E assim por diante.

Hoje se expressam e se fazem ouvir, cada vez mais, artistas desses vastos “ecossistemas” supostamente estagnados, os mangues da desigualdade social brasileira. Neste caso, como em nenhum outro, as preferências iniciais dos músicos (hip-hop, rock, funk, música eletrônica) foram encorpadas pela redescoberta de maracatu, ciranda, coco, baião, frevo, samba, jovem guarda, balada cafona de beira de estrada. Numa revisão modificada dos procedimentos tropicalistas de 1968, os micróbios do mangue começavam no chamado “underground” a desembaçar um espelho-Brasil no qual não nos mirávamos mais.

Outra qualidade “fora de moda” recuperada pelos autobatizados “mangueboys” foi a de combinar à arte (ou diversão) elementos pontudos de engajamento (ou conscientização), hibernantes no meio musical desde o AI-5. No Monólogo ao Pé do Ouvido que abria Da Lama ao Caos, Science pregava do seguinte modo o reencontro com as origens: Viva Zapata, viva Sandino, viva Zumbi, Antônio Conselheiro, todos os Panteras Negras, Lampião, sua imagem e semelhança.

O mangue não costumou citar muito o neocangaceiro pop pernambucano Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, mas, de todas essas imagens-exemplo, a do conterrâneo Lampião parecia especialmente forte. Completava um imaginário que vinha dos mangues salgados do litoral, passava pelo maracatu de baque virado da Zona da Mata e furava o Nordeste (e o Brasil) sertão adentro. Quando o mangue bit estreasse no cinema, em Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, o protagonista seria um mascate libanês amigo de Padre Cícero e Lampião. Science, em Banditismo por uma Questão de Classe, trataria como equivalentes o bando do “Rei do Cangaço” em fuga da polícia e os bandidos de favela do final do século XX. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles, expandiria e exportaria essa imagem.

O cangaço reaparecia junto à crítica social na faixa-título de Da Lama ao Caos, cantada, como sempre, em pronunciado sotaque local: Com a barriga vazia não consigo dormir/ e com o bucho mais cheio comecei a pensar/ que eu me organizando posso desorganizar/ que eu desorganizando posso me organizar. Talvez fosse uma “estética da fome”, mas reivindicando o fim da fome.

Ainda em 1994, a Nação Zumbi foi convocada a participar de um tributo a outro “rei”, Roberto Carlos. Chico incumbiu-se de reler o hino pacifista quase-religioso Todos Estão Surdos (1971), originalmente uma louvação a um personagem messiânico difuso entre Jesus Cristo, John Lennon e o próprio Roberto Carlos. E subverteu-o completamente, com cacos que não constavam do soul original de Roberto e Erasmo: Você que está aí sentado/ levante-se!/ há um líder dentro de você/ governe-o/ deixe-o falar. Parecia o discurso de Geraldo Vandré ou Mano Brown, nunca o do “Rei do Iê-iê-iê”. Por essa Roberto não esperava, mas não saiu diminuído com a diabrura.

A Cidade, um dos temas mais incisivos da primeira lavra de Science, parecia um concentrado de todas as características já mencionadas. Martelava com sarcasmo o pino da desigualdade social (a cidade não para, a cidade só cresce/ o de cima sobe e o debaixo desce). E demarcava qual era o fermento do crescimento das cidades: a força de pedreiros suicidas. Soava como um funk ou um rock, mas lá no meio invertia expectativas: Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu/ tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu.

Não convenceu o sempre nacionalista Ariano Suassuna, que passou a se insurgir contra o que via como espírito unicamente colonizado no mangue bit. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco a partir de 1995, o dramaturgo só chamava o líder da Nação Zumbi de Chico Ciência, e virou inimigo número 1 dos “mangueboys”. E A Cidade terminava melancólica, ou irônica, ou ambos: Num dia de sol Recife acordou/ com a mesma fedentina do dia anterior.

Mesmo motorizado por efeitos tecnológicos e eletrônicos, o som da Nação Zumbi privilegiava percussões tribais e se esforçava por falar à aldeia natal. O desejo de empatia e aproximação se convertia na sonoridade impressionante dos nomes de localidades periféricas pernambucanas listados em Rios, Pontes e Overdrives, e proferidos em velocidade de rap: É Macaxeira, Imbiribeira, Bom Pastor, é o Ibura, Ipsep, Torreão, Casa Amarela, Boa Viagem, Genipapo, Bonifácio, Santo Amaro, Madalena, Boa Vista, Dois Irmãos, é o Cais do Porto, é Caxangá, é Brasilit, Beberibe, CDU, Capibaribe e o Centrão. A retórica é contemporânea àquela dos funkeiros cariocas Cidinho e Doca no Rap da Felicidade, cujo desejo de autonomia se traduz em eu só quero é ser feliz/ andar tranquilamente na favela onde nasci.

A decisão entre ficar em casa e migrar para a sede central da indústria cultural, no eixo Rio-São Paulo, permaneceria como dilema para as bandas do mangue. O impasse ensaiaria dissipar-se mais tarde, quando grupos mineiros como Skank, Pato Fu e Jota Quest descobrissem que era possível ter repercussão nacional a partir de um quartel-general montado na Belo Horizonte natal.
O mangue não passou incólume às garras da indústria cultural, ao contrário. Por volta de 1993, a imprensa caiu de amores pelo movimento e superestimou sua maturidade. Trombeteou seus conceitos sem entendê-los completamente, mudando o nome para mangue “beat”, e não “bit”. O que era unidade informática (e informativa) virou levada, batida, onda, moda. O segundo álbum apanhou Chico desencontrado da sabedoria espontânea do início. Afrociberdelia (1996) parecia diluir e embaralhar à beira da confusão os mandamentos do mangue.

Embates de bastidor foram travados com a multinacional Sony, que elegeu para divulgar o disco a releitura de Maracatu Atômico, de Gilberto Gil e Jorge Mautner, uma canção que de mangue bit só guardava o nome e a referência ao ritmo. Ao que consta, a gravadora impôs ao grupo emendar no final de Afrociberdelia três versões mais comerciais e “dançantes” de Maracatu Atômico. Começava a se desvirtuar, muito cedo, um programa original que não tinha nada a ver com remixes, pistas de dança robotizada ou agrados aos tropicalistas (Gilberto Gil participou do segundo álbum).

Por essas e outras, Zero Quatro jamais chegaria a ser contratado por uma multinacional. Era de sua autoria o mantra Computadores Fazem Arte, do primeiro disco da Nação: computadores fazem arte/ artistas fazem dinheiro. Não era imediatamente compreensível à época, mas faz total sentido hoje, quando a elite “emepebista” se encastela enquanto rap-pers, funkeiros, tecnobregas e outros “micróbios” compõem e gravam em computadores caseiros e se lançam no próprio bairro. Fazem-no sem qualquer apoio da indústria oficial, mas vendem discos artesanais a granel, e se comunicam com milhões de ouvintes.

Science não teve tempo de decidir como reagiria às pressões e imposições. Morreu aos 30 anos, num acidente entre Recife e Olinda. No velório, Suassuna chorou diante do caixão e o corpo foi escoltado ao cemitério por um grupo de catadores de cana da Zona da Mata, vestidos como guerreiros de maracatu.

Afrociberdelia podia padecer de certa desintegração discursiva, mas guardava alguns maracatus de tiro certeiro. Manguetown voltava ao tema da origem (andando por entre os becos/ andando em coletivos/ ninguém foge ao cheiro sujo/ da lama da manguetown), sob a perspectiva atormentada de um proletário. Somos todos juntos uma miscigenação/ e não podemos fugir da nossa etnia/ índios, brancos, negros e mestiços/ nada de errado em seus princípios, cantava Etnia. Além de revalidar os fundamentos da frase “o medo da origem é o mal”, pressagiava os ventos de afirmação racial de hoje. Na brincadeira de que um curupira já tem seu tênis importado, cutucava sem querer a tragédia dos “curupiras” favelados e seu fascínio por tênis Nike, fontes de status e extermínio.

Sangue de Bairro elaborava nova lista de endereços periféricos de nomes brasileiríssimos, Besouro, Moderno, Ezequiel, Candeeiro, Cela Preta, Labareda, Azulão, Arvoredo, Quina-Quina, Bananeira, Sabonete, Catingueira, Limoeiro, Lamparina, Mergulhão, Corisco, Volta Seca, Jararaca, Cajarana, Viriato, Gitirana, Moita-Brava, Meia-Noite, Zabelê.

O mangue bit à maneira de Chico Science interrompeu-se com sua morte, entre problemas amontoados à frente de quaisquer soluções. O movimento dos moleques periféricos não resolveu impasses, nem a maioria daquelas mazelas se extinguiu de 1994 para cá. Mas o significado do pequeno levante talvez estivesse inscrito no CD de despedida, em Um Passeio no Mundo Livre, espécie de Rap da Felicidade em versão recifense (eu só quero andar/ nas ruas de Peixinhos/ andar pelo Brasil/ ou em qualquer cidade/ andando pelo mundo/ sem ter “sociedade”). Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar, afirmava no início daquele maracatu cibernético. Foi isso o mangue bit. E Chico Ciência não viu, mas o Brasil hoje não se encontra onde estava há década e meia."

Matéria publica na "Carta Capital" em 27/05/2009
É, ainda existem jornalistas preocupados com a cultura nordestina no nosso país.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Reflexão

"Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.
A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo" (Chico Xavier)

Eis o exercício da tolerância, da paciência, da bondade...
Por mais que esse exercício pareça ser "com os outros", é na verdade com nós mesmos.
Exige prática, muita prática, para que nos livremos dos tormentos da alma, para sabermos nos desvencilhar de pensamentos negativos.
A solução desses tormentos muitos pensam que vão encontrar somente em "bens materiais", mas o alívio só aparece quando aprendemos que o mais valioso bem, a paz de espírito (no seu sentido mais amplo), o dinheiro não poderá nunca comprar.

E mais, ao perceber as qualidades que nos faltam, tenhamos também tolerância com nossas próprias limitações e procuremos nos burilar, em busca de nos tornarmos seres cada vez melhores. Novamente parafraseando Chico Xavier: "Cada dia nasce de novo amanhecer".

Paz a todos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Alvorecer

Um novo dia, uma nova chance.
De fazer tudo diferente
Apesar das horas iguais
Apesar dos rostos iguais
Das manias também iguais

Surge em cada minuto algo diferente
É o agora, um presente.
Da rotina, pela rotina e para a rotina.
Um instante em que tudo muda
Uma mudança que afetará todo e qualquer instante.

Numa fração de segundos,
As horas cinzas ganham outro valor
E as pessoas passam a ter mais cor
É contemplado um alívio
Anunciada então uma nova e breve primavera
Em alguma hora daquele outrora aborrecido dia
Surge um provocador de borboletas
Para agitar meu jardim
E renovar as horas que pareciam sem fim.

Porque a todo instante
E porque em qualquer momento
Pode surgir algo para fazer valer a vida
Que há de ser vivida em sua plenitude
Apesar das horas iguais.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Afeições

O amor não é cego.
Vê sempre as pessoas queridas
Tais quais são e as conhece, na intimidade, mais do que os outros.

Exatamente por dedicar-lhes imenso carinho,
Recusa-se a registrar-lhes os possíveis defeitos,
Porquanto sabe amá-las mesmo assim.

(Chico Xavier. Da obra: Caminhos. Ditado pelo Espírito Emmanuel)




6º =}

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Direito à Felicidade

“Que ser feliz não dependa de ninguém,
Nem de lugar, nem do sol ou do luar.
Que mais que um dever, seja uma obrigação,
Que seja mais que um presente, uma dádiva.
Que seja mais que uma utopia, bem mais...
Que ser feliz não dependa de dia, mês ou semana.
Que seja em uma hora qualquer e em todas as horas.
Que não careça de cheiro, gosto, cor, forma ou textura.
Que não seja uma procura, mas um encontro, sempre.
Que ser feliz não dependa de chegadas nem de partidas,
Nem de trilha sonora ou taça de champanhe com bolhinhas.
Que seja você, dono absoluto da estrada e dos passos,
Que seja apenas seu o traçado das retas e das curvas,
Que seja um direito; o seu direito de ser feliz.”
Texto: Lady Foppa (Livro: Poesias Janelas da Vida)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Providência?!

Em meio a uma confusão de pensamentos, decisões, escolhas e definições... Após acordar exausta de uma noite de viagens e encontros inexplicáveis... Amanhece o dia e eis o que encontro na minha caixa de e-mails:

“Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos, são as almas que atraíste com tua própria afinidade.
Portanto teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes; são as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência...
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
(Chico Xavier)

E essa mensagem veio como uma luz, uma resposta e um chamado.
Incrível.

terça-feira, 17 de março de 2009

Orgulho de ser BRASILeira

"Nós brasileiros pensamos que o mundo todo presta, menos o Brasil.
Acredito que isso seja ainda reflexo de nossa colonização... Da idéia incrustada em nossas mentes de que 'tudo que vem de fora é bom, tudo que é daqui não presta'.
Realmente parece que é um vício falar mal do Brasil!
E não falta quem queira fugir dos problemas aqui existentes! E sequer pensam em trabalhar para ajudar a desenvolver aqui um futuro melhor...
Mas enfim, todo lugar tem seus pontos positivos e negativos! A questão é que no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado... E ainda, lá só existe uma companhia telefônica e pasmem: se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se você chegar a um restaurante e pedir mesa de não-fumante, o garçom vai rir na sua cara, porque não existe.
Fumam até em elevador!
Nada contra quem fuma... Mas onde está o respeito a quem não fuma?

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria, enquanto aqui no Brasil grande maioria dos garçons poderiam ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos...

Aqui temos uma língua que, apesar de divergir um bocado da língua utilizada em Portugal, é chamada de língua portuguesa, enquanto as empresas de software internacionais a chamam de "português brasileiro", porque não conseguem se comunicar conosco, usuários brasileiros, através da língua "Portuguesa"...

Os brasileiros são vítimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc...
Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar as raízes culturais!

Os dados a seguir são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em TODAS as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. Isso em um país com dimensões continentais!
O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em dúvida a credibilidade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
9. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
10. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Isso dentre outros inúmeros fatores...
Então por que temos esse vício de só falar mal do Brasil?

Por que não se orgulham em dizer que, apesar do pequeno número de livrarias, o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
Que temos o mais moderno sistema bancário do planeta?
Que nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
Por que não falar que são o país mais empreendedor do mundo?
E mais, por que não dizer que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
Por que não dizem que somos hoje a terceira maior democracia do mundo?
Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
Por que não se lembrar que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atende-los bem?
Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando?

É! O Brasil é um país abençoado de fato!
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!

Talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras, espero que pelo menos por alguns momentos, possamos refletir e se orgulhar de sermos BRASILEIROS!"

sábado, 14 de março de 2009

24° aniversário amanhã!
Apesar de todas as convenções e comemorações, existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer...
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor... Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, novamente e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Vencerás

"Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realizações sem esforço.
Silêncio para a injúria
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida intima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás."
Emmanuel
(mensagem psicografada por Francisco Candido Xavier - do livro "Astronautas do além")

Traduzindo incentivo a todos que se encontram na mesma situação que eu.

Paz a todos!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

E voltando para casa, mas antes passando por uma livraria, ouço um trecho de uma música que se perfaz no pensamento da situação que estou vivendo nos dias atuais: "...You and me, were meant to be, walking free, in harmony... One fine day, we'll fly away! Don't you know that Rome wasn't built in a day?..." (Rome wasn't built in a day)

Dedicado ao momento que estou vivendo na minha vida e à pessoa que está compartilhando ele comigo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O que viemos fazer no mundo?

Em nossa vida, sem sombra de dúvidas, encontramos e nos relacionamos com os mais diversos tipos de pessoas.
Existem aquelas que nos fazem um bem extremo, que não conseguimos sequer descrever o quanto é bom tê-las por perto... Já outras pessoas preferimos nem lembrar que existem, tamanho o desconforto que nos causam.
Mas o que tem de comum em duas situações aparentemente tão distintas?
Se tivermos paciência, bondade e disposição, veremos em que ambas aprendemos bastante...
E são diversas as oportunidades que surgem em nosso caminho para que nos tornemos pessoas melhores... Desde o exercício da paciência no trânsito, ao exercício do amor em perdoar os erros de quem amamos... Seja nas situações mais simples, seja nas mais complexas, parafraseando Alanis "You live, you learn".

E acredito que seja isso, acima de qualquer outro objetivo pessoal ou material, que viemos fazer nessa jornada chamada vida.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mudança de rumo.

Quando algo na nossa rotina nos incomoda, nos faz mal, é necessário que mudemos.

E não há mal nenhum nisso, não é sinal de fraqueza... Pelo contrário!
É fisicamente comprovado que exige-se muito mais força para sair do movimento contínuo do que para seguí-lo.
E em se tratando de objetivos de vida, essa força da "comodidade" mexe ainda com o lado financeiro... Largar o que se está acostumado a ter não é fácil!
O que torna a mudança ainda mais complicada.
Complicada, difícil, porém necessária à felicidade. Ou pelo menos à busca dela.
Afinal manter-se em algo que você não acredita, é ainda mais difícil.

Parafraseando Gandhi: "Seja a mudança que você quer ver no mundo."

E sempre que eu sentir essa necessidade, mudarei.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Indignação...




Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nas fotos do Sérgio Salgado, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

Resolver, capicce? Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro. Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, divulgue, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo..."


Primeiro post do ano novo. Com notícias infelizmente velhas.

E você? O que está fazendo para que esse quadro mude?