terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ressurgindo...

"A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar.

É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade..."

Felicidade Realista - Mário Quintana

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Perdão incondicional

"O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.

O orgulho é de tal ordem que basta um parente ou mesmo um desconhecido cometer um erro social para ficarmos furiosos. É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente.

Às vezes nem sequer nos atinge diretamente, mas ficamos a julgar e a condenar, instigando o sentimento do orgulho na pessoa que está ferida por ter sido afetada.

Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anticaridosas de tal atitude.

A disposição ao perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente.
Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus:
"Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra."

Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu?

A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho."

(com base na revista Presença Espírita nº 155 pág. 23)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lógica Espírita

"A Lei de Deus permite:
- que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;
- que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;
- que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;
- que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;
- que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;
- que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;
- que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;
- que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apóia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece mas daquilo que é.”

(Mensagem do livro “Caminho Espírita” - Espírito de Albino Teixeira por Chico Xavier)